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Este blog foi criado no âmbito da cadeira de Comunicação Digital pelas alunas Sara e Silvia do 2º ano do curso de Comunicação Social e Cultural da Universidade Católica Portuguesa.

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segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Post Final Cut

Estamos de volta e desta vez com um novo trabalho prático, registado após o visionamento do filme "Final Cut" na aula de Comunicação Digital do dia 6 de Novembro.

* Reflexão sobre o impacto de tecnologias individuais a nível social

A utilização dos meios tecnológicos permite um maior conhecimento do que se passa no mundo e como tal uma maior abertura para compreender as mudanças socias. O acesso à cultura e consequente compreensão da mesma depende do ambiente social em que se vive e do interesse individual. Com o aparecimento das tecnologias foi possível estabelecer maior contacto com outras culturas e outras sociedades permitindo uma homogeneização da sociedade, no sentido em que as sociedades tendem a copiar-se umas às outras, no entanto, também levou a que muitas pessoas se afastassem cada vez mais daquilo com que não se identificam. No filme “Final Cut” nota-se essa tendência de criar círculos e comunidades onde existe um objectivo comum ou uma crença. Hoje-em-dia, assistimos a um aumento acentuado do individualismo, que está intimamente ligado à utilização das novas tecnologias, por exemplo: Ouvir música nos transportes, utilizar o computador ou ver televisão no quarto são formas de individualismo. Embora, haja essa tendência de afastamento entre as pessoas do mesmo espaço geográfico isso não implica que o indivíduo esteja alienado do mundo, por vezes é justamento o contrário. Esses indíviduos buscam no exterior, através das novas tecnologias, aquilo com que se identificam mais, algo que vá mais ao encontro da sua natureza e da sua própria cultura, Manuel Castells desenvolve esta teoria e chama-a de “individualismo em rede”.
“Por isso, Castells afirma que o desenvolvimento da Internet fornece um suporte apropriado para a difusão do individualismo em rede como forma dominante de socialibilidade. Assim, o autor faz côro contra os mitos de que o usuário de Internet é, a princípio, um ser anti-social, indisposto para a vida fora do ambiente on line. Aposta num novo padrão de sociabilidade baseado no individualismo - afinal, um traço tão marcante do comportamento na sociedade atual - e trabalha com conceito que, à primeira vista, pode soar contraditório: o individualismo em rede”.
Existe, também, uma maior competitividade entre as pessoas porque a aquisição dos modelos tecnológicos mais avançados tornou-se sinónimo de poder.
O impacto das tecnologias individuais na sociedade não é uniforme na medida em que cada ser humano tem necessidades de utilização e formas de encarar as tecnologias diferentes. Como vimos, há quem veja nas tecnologias uma forma de estar em contacto com outras culturas e meios com os quais se identificam mais, outros utilizam-na como forma de competição dentro do seu círculo social, portanto, de uma forma mais capitalisma e consumidora. As tecnologias já não são uma moda, elas são necessárias e indispensáveis para a vida porque são precisas para questões práticas do dia-a-dia, este é o símbolo do Homem do novo século numa sociedade em constante movimento.

* Evolução conceitos de memória e privacidade

A memória tem vindo a sofrer modificações no que diz respeito à sua construção. Há quem diga que não vale a pena viver se tudo será esquecido após a morte. Na verdade, a vida poderia continuar mesmo se não houvesse memória porque o momento seria aproveitado na sua essência, não por fazer qualquer sentido no futuro mas por ser único. O que é certo e sabido é que antigamente as pessoas aproveitavam muito mais os momentos porque sabiam que iriam ser “INESQUECÍVEIS”. Ora, hoje-em-dia isso já não acontece porque a memória real e vivida foi substituída pela memória mediatizada e audio-visual.
O ser humano deixou de dar importância ao momento, preocupa-se apenas em captá-lo com uma máquina para depois “ser recordado”. Que memória é esta então? É uma memória manipulada mas, contudo, mais directa porque nos reporta para o local e o momento exacto que aconteceu, enquanto a memória real por vezes segue os meandros do tempo e, com isso, vai juntando outras memórias e distorce um pouco o que aconteceu. Tanto uma como outra são importantes mas a real não deve ser susbtituída pela virtual porque, desse modo, o ser humano perderia a capacidade de viajar no seu mundo e construir as suas próprias memórias de vida, se assim não fosse construiria uma memória igual à dos outros. As autobiografias acabariam bem como o prazer de recordar em conjunto.

* Questões de adopção vs rejeição de novas tecnologias e de inclusão vs exclusão social

De uma forma geral, as novas tecnologias são aceites pela maioria das pessoas, nomeadamente, as mais novas, uma vez que a constante evolução da sociedade e do indíviduo nos leva a uma enorme necessidade na aquisição das novas tecnologias.
É bem visível o quão dependente está actualmente a sociedade do século XXI das novas tecnologias, no entanto, continuaram sempre a existir grupos que se opõem às mudanças. Esta é uma realidade visível no filme “Final Cut” com os “hippies” que se manifestavam contra a re-memorização, este representam os grupos actuais que se opõem à utilização desmesurada das tecnologias defendendo as relações sociais e a proximidade com a natureza. No filme “Final Cut” podemos observar que o chip Zöe é colocado no cérebro das pessoas para gravar toda a sua vida e este era utilizado por 1 em cada 20 pessoas.
Posto isto, podemos concluir que a não utilização das novas tecnologias contribui – indubitavelmente - para a exclusão social. Como tal, concluímos que a sociedade organiza-se e funciona consoante a adesão por parte dos indíviduos, como forma de melhorar a sua vida e, ainda, para se sentirem integrados nessa mesma sociedade. Actualmente, são inúmeras as opções de escolha das novas tecnologias, no que toca à interacção entre as pessoas.

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