Olá! Sejam bem-vindos ao nosso blog...

Este blog foi criado no âmbito da cadeira de Comunicação Digital pelas alunas Sara e Silvia do 2º ano do curso de Comunicação Social e Cultural da Universidade Católica Portuguesa.

Este é um espaço de divulgação de eventos culturais que se realizam em terreno nacional!

Fiquem por aí, colados ao ecrãn...

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

PowerPoint: um auxílio ou um desviante?



Tendo em conta o texto de Edward Tufte, a comunicação tornou-se mais expressiva e didáctica com a utilização dos novos dispositivos, como o PowerPoint. Este surgui na década de 80 como suporte nos colóquios e nas apresentações utilizado por várias instituições governamentais e escolas. O discurso pode correr o risco de ser monocórdico e aborrecido mas com o auxílio destes programas pode tornar-se mais interessante e didáctico.
O importante é a mensagem que o PowerPoint faz passar, ou seja, a ideia subentendida que o dispositivo representa como um todo como, aliás, o próprio nome do programa indica. Cada slide servirá como apoio onde as ideias principais encaminham a audiência para a linha de raciocínio que interessa. A simplicidade é a chave para um bom trabalho de PowerPoint visto que quando se colocam muitos gráficos, cores ou imagens fortes nem sempre se tem uma mensagem muito explícita. O conteúdo é o mais importante e deve estar claro e rico em informação.
No entanto, os efeitos secundários nem sempre são os mais desejados, pois a comunicação pode tornar-se desnecessária e aborrecida podendo danificar a sua qualidade e credibilidade. Nas escolas este tipo de dispositivos nem sempre é utilizado da melhor forma porque os estudantes utilizam-no em substituição do discurso oral, como se houvesse um afastamento em relação ao conteúdo e, consequentemente, à audiência. Ora, o PowerPoint deixa de ser usado como um instrumento de suporte e passa a ser o objectivo do trabalho. Quanto mais sintética for a ideia melhor o seu entendimento e a sua relevância no tema.
O que se passa hoje-em-dia é que existe uma preocupação desmesurada com a parte estética do trabalho, em detrimento do seu conteúdo. A sua utilização pode conduzir a audiência em erro. O PowerPoint é afinal de contas uma ferramenta eficaz que deve ser correctamente utilizada (como um guia) para que não influencie o orador e a audiência seja respeitada. Porque na comunicação tanto emissor, mensagem e receptor são importantes.
Posto isto, acreditamos que o autor Edward Tufte sustenta a sua tese numa abordagem determinista, no sentido em que defende que as tecnologias determinam e condicionam a nossa prestação e o conteúdo.
Relativamente ao texto do autor Clive Thompson, publicado no “New York Times Magazine”, este afirma que o PowerPoint acaba por "estupidificar" as audiências visto que a capacidade de síntese é a chave para a compreensão integral de um tema. Ora, a utilização do PowerPoint leva a que cada vez mais o auditório se desleixe relativamente à sua própria interpretação visto estar disponível em frases e conceitos directos, o que leva a uma inexistência dos conceitos mais importantes no diapositivo, atribuindo-lhe, por isso mesmo, mais imagens do que aquelas que são realmente necessárias.
Contrariando aquilo que se pensa, o slide show é bastante mais rápido, através do qual podemos poupar imenso tempo e dinheiro, pois não são necessários custos adicionais na impressão de acetatos, uma vez que a apresentação é postada directamente no computador.
Assim sendo, concluimos que o PowerPoint é um instrumento imprescindível no nosso dia-a-dia, facilitando-nos em termos de economia de tempo e dinheiro. Contudo, como afirma o autor Clive Thompson para um melhor manuseamento do mesmo é necessário ser-se detentor de um leque variado de conhecimentos “(...)encourages users to rely on bulleted lists, a ”faux” analytical technique(...)”.

domingo, 18 de novembro de 2007

O Gangster Americano


Estreou no dia 15 de Novembro - 5ª feira - e revelou ser um grandioso sucesso... Estamos a falar, obviamente, do filme "Gangster Americano".


Ninguém costumava reparar em Frank Lucas (Denzel Washington), o discreto motorista negro de um dos principais chefes do crime organizado em Harlem. Mas quando o chefe morre subitamente Frank aproveita o lugar vazio para construir o seu próprio império e edificar a sua visão muito própria do sonho americano. Através do engenho e de uma ética rigorosa de negócio, Lucas começa a liderar o tráfico de droga na cidade, inundando as ruas com um produto mais puro e a melhor preço. Lucas derruba os principais líderes do crime e torna-se não só um dos maiores fornecedores da cidade, mas também parte do seu círculo de estrelas.


Richie Roberts (Russell Crowe) é um polícia marginalizado, suficientemente próximo das ruas para pressentir uma mudança no controlo da droga no submundo. Roberts acredita que alguém está a suplantar as mais conhecidas famílias da máfia e começa a suspeitar de Lucas. Mas Ritchie e Lucas têm vários pontos em comum: ambos partilham um rigoroso código de ética que os afasta dos seus pares e os transforma em figuras solitárias, em lados opostos da lei.


Os seus destinos ficarão cruzados à medida que o confronto entre os dois se torna eminente, um confronto do qual apenas um pode sair vencedor.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Vodafone is receiver

O texto “What the web is for?” apresentado no site “Vodafone is Receiver” é da autoria do Dr. David Weinberger. Este autor é tem exercido a sua actividade profissional como professor de filosofia, consultor de marketing, conselheiro político e empresário.
É importante realçar que este excerto do Dr. Weinberger se insere na abordagem interactivista - defendida também por Manuel Castells – em que as relações sociais são causa e consequência da tecnologia estabelecendo, assim, uma relação interactiva.
Segundo o autor do texto, a Web é como uma espécie de redes de interesses em comum, os quais interliga as pessoas, contrariamente, ao mundo real, em que as pessoas estabelcem contacto com pessoas que se conheçe e com que se está habituado a cruzar. Assim sendo, as novas tecnologias vieram facilitar as comunicações entre as pessoas que nos são mais próximas, tal como referido no texto: "In the real world, our connections have usually been to the people who happen to live around us: our family, our neighbors, the people who go to our school or to where we worship." O que é comunicar? É trocar informação com o outro. Esta é a revolução tecnológica de que nos fala Manuel Castells, a formação de uma sociedade nova centrada nas tecnologias da informação. O facto de podermos trocar e-mails e participar em chats faz com que hoje-em-dia comunicar com o outro seja o essencial, e isso só acontece porque se trata de seres humanos.
No entanto, a troca de informações na web faz-se dentro de círculos mais ou menos semelhantes aos círculos reais, onde só procura e partilha informação quem se interessa por ela. Ora, segundo Dominique Wolton, as pessoas têm tendência para procurar a informação que lhes é conveniente permitindo a acentuação das desigualdades sociais.
Embora o texto de Dr. David Weinberger aborde alguns pontos da teoria construtivista de Dominique Wolton, baseia-se predominantemente na teoria de Manuel Castells de que o ser humano tem à sua disposição um conjunto de tecnologias podendo escolher e usufruir livremente delas. A tecnologia é, então, uma alternativa ao mundo real com vantagens e desvantagens.
A web é uma revolução do nosso tempo e como todas as revoluções tem opositores. Não podemos deixar de admitir que a sociedade se vai moldando ao que vai surgindo mas também vai usufruindo daquilo que ela própria cria. O homem torna-se dependende daquilo que gosta e daquilo que precisa. Estas evoluções tecnológias tornam-se marcos importantes para diversos campos socias, tais como: a comunicação, a aprendizagem e as inte-relações. Concordamos que o ser humano tenha tendência para se “isolar no seu próprio mundo”, isto é, afastar-se dos assuntos que não lhe interessam mas enquanto no mundo real essa experiência possa ser muito solitária, na vida virtual há espaço para muitos milhões de pessoas que partilhem da mesma necessidade.


As Vampiras Lésbicas de Sodoma

Com As Vampiras Lésbicas de Sodoma, a Companhia Teatral do Chiado orgulha-se de apresentar ao público português uma das mais originais figuras do showbizz da actualidade: o dramaturgo, actor, estrela de cinema, artista e romancista Charles Busch. Foi com As Vampiras Lésbicas de Sodoma que Charles Busch se tornou famoso, corria o ano de 1984. O pequeno Limbo Lounge, em Nova Iorque, onde o espectáculo estreou, ficou minúsculo, havendo quem assistisse à farsa de Busch nas mais inconcebíveis situações, incluindo a de ficar no átrio a olhar para um ecrã de televisão. Depois as Vampiras passaram para um teatro mais a sério e ficaram cinco anos em cena!!
Numa época dominada pelo espírito da paródia pós-moderna, Busch inventa uma história vertiginosa que começa nos tempos bíblicos, em Sodoma, e acaba na sala de ensaios de um "musical", nos nossos dias. Inaugurando um processo que veio a durar vários anos, o próprio dramaturgo brilhou no espectáculo ao representar o papel de uma das deslumbrantes protagonistas!
Com As Vampiras Lésbicas de Sodoma, Busch traz ao palco um pequeno delírio de teatro popular onde o imaginário das histórias de terror se mistura com o glamour decadente do mito Hollywood e o universo exacerbadamente sexual dos shows de travesti. Mas no centro de tudo está o combate feroz entre as duas vedetas, sedentas do sangue que lhes garante a eternidade e envolvidas numa competição estranhamente parecida com a rivalidade ciumenta que é típica entre as grandes divas do cinema. Por tudo isto, a Companhia Teatral do Chiado faz ao seu público uma sugestão bem simples: venham ao teatro, divirtam-se enquanto vêem uma magnífica comédia, mas... não se esqueçam de proteger o pescoço!

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Seu Jorge volta a Lisboa (Data Extra)

"O samba é a nossa verdade, nossa particularidade, nossa medalha de ouro, nosso baluarte, nosso estandarte brasileiro", diz Seu Jorge. Esse é o ponto de partida, mas não necessariamente o de chegada. O novo álbum, "América Brasil", aí está para o provar. O músico regressa com a sua "trupe" para uma digressão. Lisboa recebe-o novamente a 12 de Novembro.

O estilo de "Mané Galinha" (lembram-se de "A Cidade de Deus"?) deambula por sons, idiomas e histórias como quem deambula por uma cidade cujo ritmo conhece com profundo olhar crítico, depois de uma infância imersa no pulsar de uma "favela problema social" carioca". Ao vivo, Seu Jorge é a encarnação dessa mescla com consciência apurada. Mas é também um fenómeno de boa disposição e bom gosto, capaz de fazer levantar da cadeira até a mais fria sala inglesa. O risco é ainda maior com o novo álbum, mais um passo de samba-rock-funk-reggae - como foram "Cru" e "Samba Esporte Fino" - mas com um pulsar mais dançante.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Post Final Cut

Estamos de volta e desta vez com um novo trabalho prático, registado após o visionamento do filme "Final Cut" na aula de Comunicação Digital do dia 6 de Novembro.

* Reflexão sobre o impacto de tecnologias individuais a nível social

A utilização dos meios tecnológicos permite um maior conhecimento do que se passa no mundo e como tal uma maior abertura para compreender as mudanças socias. O acesso à cultura e consequente compreensão da mesma depende do ambiente social em que se vive e do interesse individual. Com o aparecimento das tecnologias foi possível estabelecer maior contacto com outras culturas e outras sociedades permitindo uma homogeneização da sociedade, no sentido em que as sociedades tendem a copiar-se umas às outras, no entanto, também levou a que muitas pessoas se afastassem cada vez mais daquilo com que não se identificam. No filme “Final Cut” nota-se essa tendência de criar círculos e comunidades onde existe um objectivo comum ou uma crença. Hoje-em-dia, assistimos a um aumento acentuado do individualismo, que está intimamente ligado à utilização das novas tecnologias, por exemplo: Ouvir música nos transportes, utilizar o computador ou ver televisão no quarto são formas de individualismo. Embora, haja essa tendência de afastamento entre as pessoas do mesmo espaço geográfico isso não implica que o indivíduo esteja alienado do mundo, por vezes é justamento o contrário. Esses indíviduos buscam no exterior, através das novas tecnologias, aquilo com que se identificam mais, algo que vá mais ao encontro da sua natureza e da sua própria cultura, Manuel Castells desenvolve esta teoria e chama-a de “individualismo em rede”.
“Por isso, Castells afirma que o desenvolvimento da Internet fornece um suporte apropriado para a difusão do individualismo em rede como forma dominante de socialibilidade. Assim, o autor faz côro contra os mitos de que o usuário de Internet é, a princípio, um ser anti-social, indisposto para a vida fora do ambiente on line. Aposta num novo padrão de sociabilidade baseado no individualismo - afinal, um traço tão marcante do comportamento na sociedade atual - e trabalha com conceito que, à primeira vista, pode soar contraditório: o individualismo em rede”.
Existe, também, uma maior competitividade entre as pessoas porque a aquisição dos modelos tecnológicos mais avançados tornou-se sinónimo de poder.
O impacto das tecnologias individuais na sociedade não é uniforme na medida em que cada ser humano tem necessidades de utilização e formas de encarar as tecnologias diferentes. Como vimos, há quem veja nas tecnologias uma forma de estar em contacto com outras culturas e meios com os quais se identificam mais, outros utilizam-na como forma de competição dentro do seu círculo social, portanto, de uma forma mais capitalisma e consumidora. As tecnologias já não são uma moda, elas são necessárias e indispensáveis para a vida porque são precisas para questões práticas do dia-a-dia, este é o símbolo do Homem do novo século numa sociedade em constante movimento.

* Evolução conceitos de memória e privacidade

A memória tem vindo a sofrer modificações no que diz respeito à sua construção. Há quem diga que não vale a pena viver se tudo será esquecido após a morte. Na verdade, a vida poderia continuar mesmo se não houvesse memória porque o momento seria aproveitado na sua essência, não por fazer qualquer sentido no futuro mas por ser único. O que é certo e sabido é que antigamente as pessoas aproveitavam muito mais os momentos porque sabiam que iriam ser “INESQUECÍVEIS”. Ora, hoje-em-dia isso já não acontece porque a memória real e vivida foi substituída pela memória mediatizada e audio-visual.
O ser humano deixou de dar importância ao momento, preocupa-se apenas em captá-lo com uma máquina para depois “ser recordado”. Que memória é esta então? É uma memória manipulada mas, contudo, mais directa porque nos reporta para o local e o momento exacto que aconteceu, enquanto a memória real por vezes segue os meandros do tempo e, com isso, vai juntando outras memórias e distorce um pouco o que aconteceu. Tanto uma como outra são importantes mas a real não deve ser susbtituída pela virtual porque, desse modo, o ser humano perderia a capacidade de viajar no seu mundo e construir as suas próprias memórias de vida, se assim não fosse construiria uma memória igual à dos outros. As autobiografias acabariam bem como o prazer de recordar em conjunto.

* Questões de adopção vs rejeição de novas tecnologias e de inclusão vs exclusão social

De uma forma geral, as novas tecnologias são aceites pela maioria das pessoas, nomeadamente, as mais novas, uma vez que a constante evolução da sociedade e do indíviduo nos leva a uma enorme necessidade na aquisição das novas tecnologias.
É bem visível o quão dependente está actualmente a sociedade do século XXI das novas tecnologias, no entanto, continuaram sempre a existir grupos que se opõem às mudanças. Esta é uma realidade visível no filme “Final Cut” com os “hippies” que se manifestavam contra a re-memorização, este representam os grupos actuais que se opõem à utilização desmesurada das tecnologias defendendo as relações sociais e a proximidade com a natureza. No filme “Final Cut” podemos observar que o chip Zöe é colocado no cérebro das pessoas para gravar toda a sua vida e este era utilizado por 1 em cada 20 pessoas.
Posto isto, podemos concluir que a não utilização das novas tecnologias contribui – indubitavelmente - para a exclusão social. Como tal, concluímos que a sociedade organiza-se e funciona consoante a adesão por parte dos indíviduos, como forma de melhorar a sua vida e, ainda, para se sentirem integrados nessa mesma sociedade. Actualmente, são inúmeras as opções de escolha das novas tecnologias, no que toca à interacção entre as pessoas.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Barreiro Rocks 2007



Este ano o Barreiro Rocks vai decorrer nos dias 9 e 10 de Novembro e conta com a presença de bandas como THE MAHARAJAS, THE MOJOMATICS e THE BLACK LIPS. No after hours estarão presentes os THE ACT-UPS, uma das bandas mais importantes do Barreiro, bastante aclamada em Espanha e o DJ SHIMMY, um senhor americano que nos delicia com os LP's mais variados e energéticos.


O Barreiro Rocks vai na sua 7ª edição e já trouxe aos palcos barreirenses bandas como Gallon Drunk, Billy Childish, Flaming Stars, The Parkinsons e Legendary Tigerman. Este ano está a decorrer conjuntamente a exposição "Ritmos! O Rock em Portugal 1955-1974” e a exposição de três fotógrafos barreirenses com o tema do festival. Fotos de Cláudio Ferreira, Rui Serrano e Hernâni Rico.

Para mais informações vejam: http://www.myspace.com/barreirorocks



Entre criar um blog grátis ou pagar uma comunidade

No âmbito da cadeira de Comunicação Digital, foi-nos proposta uma tarefa prática, a qual teria que ser postada no nosso blog.
* Qual/Quais a(s) diferença(s) entre o blog e a comunidade virtual?


Os blogs e as comunidades virtuais têm o mesmo intuito, construir um espaço onde se possa partilhar informação e discutir determinados temas. No entanto, apresentam algumas diferenças no que toca à configuração do espaço, à restrição aos visitantes e à interactividade. As opções de configuração no blog são menos complexas porque não têm tantas funcionalidades como nas comunidades, estas apresentam várias hipóteses de configuração e permitem a formação de cadeias de pastas e sub-pastas complexificando a comunidade e criando vários pontos de abordagem dentro da mesma.
Por outro lado, o acesso ao blog é aberto a todas as pessoas enquanto nas comunidades pode estar restrito a membros escolhidos pelo administrador. Este tem o poder de definir se a comunidade é aberta ou fechada aos visitantes e se os temas tratados são muito específicos ou mais abrangentes, o que irá influenciar a adesão de um maior ou menor número de visitantes.
Enquanto o blog é mais simples, objectivo e, de certo modo, limitativo porque o visitante só pode comentar e pesquisar nos arquivos alguma informação do passado, a comunidade virtual permite uma interacção e uma aprendizagem muito maiores: participar em chats, criar discussões e participar activamente na evolução da comunidade, bem como aproximar um grupo de pessoas que "se vinculam pelo cumprimento de obrigações comuns e recíprocas".
Por fim, e esta consideramos ser a diferença mais significativa, é o facto de as comunidades serem pagas e os blogs serem gratuitos. Ora, esta particularidade acaba por seleccionar os públicos e, de certo modo, fomentar o afastamento das classes – o blog torna-se assim o lugar do homem-comum onde a opinião e a atenção não serão valorizadas, e as comunidades serão os lugares da elite onde se discutem temas mais específicos e fechados ao exterior. Ao homem comum não será permitida a entrada em certas comunidades que perdem, assim, a sua função de integrar qualquer pessoa independentemente da sua classe social, etnia, idade ou sexo. Afinal não é na realidade virtual que o ser humano pode finalmente ser ele próprio sem se preocupar com as regras moralizadoras e castradoras da sociedade?

* Avaliação da experiência (o que foi mais difícil)

Inicialmente, tivemos dificuldades no manuseamento das opções da comunidade, devido à incompreensão de certos termos em inglês que não nos são tão familiares e, ainda, porque o seu acesso não é muito fácil, na medida em que há muitas configurações que alteram todo o sentido da estrutura.
Surgiram alguns problemas no que toca à escolha do tema da comunidade e, só após três tentativas, encontrámos um tema do nosso agrado – Cinefiliados. Em seguida deparámo-nos com o problema da “fartura”, ou seja, não conseguíamos elaborar matéria suficiente para tantas opções de abordagem do tema. Num certo momento, sentimos que tinhamos algo para dizer mas não sabíamos como começar.
Tentámos postar artigos que suscitassem o debate e visto que a área cinematográfica é muito vasta decidimos abordar várias áreas que fazem parte da 7ª Arte (crítica, imagem, banda sonora, actores, realizadores e festivais). Sentimos que, mesmo assim, a nossa comunidade se restringiu apenas às pessoas que gostam de cinema.
Ser totalmente original não é fácil nos dias que correm, parece que já foi tudo dito e feito. Sentimos alguma ansiedade relativamente às ideias que estávamos a transmitir, afinal de contas o objectivo é cativar e conquistar e para tal é importante que se atinja um patamar elevado e que sejamos consideradas pelos membros da comunidade, ou seja, que a sua fidelidade para connosco se justifique.
Não podemos deixar de referir a satisfação que sentimos quando conseguimos criar algo de consistente mas entretanto pairou sobre nós uma onda de pessimismo e desânimo por termos consciência da proximidade do fim da comunidade e do nosso trabalho e dedicação.
Agora temos a percepção do que se passa realmente dentro das comunidades virtuais, das imensas áreas que podem ser debatidas, exploradas e comunicadas e, nas quais, diferentes pessoas registam as suas opiniões e dão o seu contributo.

* Os objectivos foram alcançados?

Apesar da demora na escolha definitiva do tema que iríamos abordar na comunidade, acreditamos que os objectivos da mesma foram cumpridos. Um dos principais objectivos atingidos foi o facto do tema escolhido atingir um público alargado devido à actualidade do tema e a diversidade de públicos-alvo (comentamos filmes de todo o género, para qualquer faixa etária, sexualidade e classe social). É também uma comunidade com um conteúdo diversificado e pertinente, o que faz com que as pessoas procurem os temas nela explicitos.

* O que faríamos se continuássemos a comunidade Cinefiliados?

Caso continuássemos com esta comunidade iríamos, certamente, colocar mais informação sobre o tema, ou seja, mais imagens, mais trailers, mais novidades, enfim... Mais conteúdo. Alertaríamos, ainda, os nossos membros para as estreias cinematográficas e concursos ligados ao cinema, bem como festivais.
Por sua vez, publicitaríamos a nossa comunidade noutros sites e possivelmente tornaríamo-nos uma nova revista cinematográfica com a exploração do ensino via-internet, como por exemplo, aulas de guionismo ou de montagem.

Assim, nos despedimos da nossa comunidade Cinefiliados sentindo - verdadeiramente - que esta foi uma experiência bastante positiva, enriquecedora e inesquecível.